Em pouco mais de duas semanas, o Brasil será o país homenageado no maior festival de artes da Europa – o 23º Europalia – que dura três meses e meio e reúne de espetáculos de dança, teatro, circo a exposições e debates sobre literatura. Artistas e intelectuais estarão em cinco países europeus para difundir a cultura brasileira.
A presidenta Dilma Rousseff e os ministros da Cultura, Ana de Hollanda, e das Relações Exteriores, Antonio Patriota, abrirão o festival no próximo dia 4, em Bruxelas, na Bélgica. Por mais de cem dias, a cultura brasileira estará na Bélgica, em Luxemburgo, na França, na Alemanha e na Holanda. No total, serão 130 shows, 60 apresentações de dança e 40 de teatro, 20 exposições de artes visuais e 80 conferências literárias.
Só os ministérios da Cultura e das Relações Exteriores investiram R$ 30 milhões no evento que contou também com o apoio financeiro de várias empresas públicas e privadas. O diretor de Relações Internacionais do Ministério da Cultura, Marcelo Dantas, disse à Agência Brasil que o retorno dos investimentos são incalculáveis.
“Temos muito orgulho de tudo isso. A partir da homenagem ao Brasil no Europalia, nós estaremos abrindo caminho para que o mundo possa observar tudo o que acontece aqui e estimular investimentos no país”, disse Dantas.
O diretor lembrou que a arte é um dos mecanismos mais eficientes para aproximar as pessoas de realidades diferentes da sua. “É importante que os estrangeiros vejam que o Brasil está conseguindo reduzir a fome com a ajuda dos programas de transferência de renda, que há mais justiça social no país e que a economia é estável”, disse Dantas.
O Europalia ocorre a cada dois anos e virou tradição na Europa desde os anos de 1960. Até a década de 1990, apenas países europeus eram homenageados, mas depois a coordenação do festival mudou. O México, o Japão, a Rússia e a China também já foram destaques no evento. Depois do Brasil, a Índia será o próximo país homenageado, em 2013.
Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil