Existe uma doença hereditária chamada talassemia que afeta a produção de hemoglobina normal, alterando a chegada do oxigênio aos tecidos corporais. Causa anemia que pode ser mais grave ou menos, a depender do número de genes afetados.
A beta talassemia é causada por mutações genéticas em cadeia, como a que aconteceu com o garoto espanhol Andress, já com 6 anos de idade e condenado a morrer jovem se seus pais fossem seguir os padrões de ética adotados pela igreja.
Uma situação emocionante, pois a vida de um irmãozinho salvaria a vida do outro. E para salvar outra vida, tudo é válido, desde um abraço de um bebê, até uma intervenção genética, como neste caso.
Os pais da criança doente preferiram ignorar as normas da igreja e optaram pelo Diagnóstico Genético Preimplantorio, uma técnica oferecida pela saúde pública de Andaluza, na Espanha.
A técnica permite que os pais tenham um novo filho, livre de todo tipo de enfermidade hereditária, com identico perfil histocompatibilidade com o de Andress, garoto doente por mutações genéticas.
Pela primeira aconteceu um procedimento deste tipo na Espanha, na Unidade de Genética, Reprodução e Medicina Fetal de Hospitais Universitários Virgem dop Rocio, segundo o SAS.
E assim, no domingo passado, nasceu Javier, o primeiro bebê espanhol livre de enfermidade hereditária e compatível com seu irmão Andress, que será salvo com o uso das células extraídas do sangue do cordão umbilical de Javier.
A Conferência Episcopal Espanhola condenou este procedimento médico dizendo que o bebê foi concebido por “práticas horrendas e inaceitáveis”, conforme matéria publicada no 20minutos.
Sinceramente não entendo porque a igreja é contra esta prática que resultará na cura da doença de uma criança que está com seis anos de idade e tem todo direito à vida.