A gripe suína ou influenza A (H1N1) está aumentando no Brasil, mas, segundo o ministro da saúde, José Gomes Temporão, não há motivo para preocupação, pois a situação está sob controle.
O ministro da saúde acha que não há necessidade de mudar a estratégia de combate da doença, que continua seguindo o sistema de monitoramento rígido nos portos, aeroportos e fronteiras terrestres, com as equipes de vigilância sanitária em plantão permanente.
E acrescenta mais detalhes, conforme texto publicado na Agência Brasil/Marli Moreira:
Ao contrário do que ocorre no Chile e na Argentina, “o vírus não circula de maneira continuada e todos os casos ou foram importados ou têm um vínculo epidemiológico estabelecido. Se compararmos a situação do Brasil com a de vários países, ela é de bastante tranquilidade”, disse.
Para as pessoas que pretendem viajar para a Argentina, o Chile ou outro país onde estejam ocorrendo casos da doença, o ministro recomenda que procurem antes informações e que uma das opções é o site do ministério: www.saude.gov.br.
A chegada do inverno, que começa oficialmente amanhã (21), no entanto, é motivo de preocupação, observou o ministro. Segundo ele, nessa estação há “uma tendência de as pessoas ficarem em locais fechados e isso facilita a propagação de qualquer tipo de vírus”.
Temporão destacou que os responsáveis pelas escolas e lugares onde há concentração de pessoas devem seguir as orientações das autoridades sanitárias, mas “sem criar um clima desnecessário ou sem base real, porque sempre que houver necessidade as autoridades públicas vão tomar as providências para proteger a saúde das pessoas”.
Ontem (19), por medida preventiva, a escola Pueri Domus, na zona sul de São Paulo, antecipou as férias em uma semana. A decisão foi tomada depois de a instituição ter registrado o segundo caso de influenza A (H1N1) entre seus alunos.
Perguntado sobre o estado do secretário de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro, Sérgio Côrtes, internado com suspeita de ter contraído a doença, o ministro respondeu que o caso é de gripe comum.
Ainda segundo o ministro, até o fim deste ano deverão começar os testes das vacinas contra a influenza A (H1N1), que estão sendo desenvolvidos por três laboratórios no Hemisfério Norte. Ele observou que é preciso muita cautela antes de o medicamento começar a ser utilizado, lembrando que na década de 70, 150 pessoas morreram nos Estados Unidos ao tomar uma vacina antigripal que não havia sido testada adequadamente.
Dados do Ministério da Saúde indicam que o Brasil já contabilizou 131 casos da gripe suína. Dos 17 novos casos, 14 foram constatados em São Paulo, dois em Goiás e um no Rio Grande do Norte.