Devido à fome, os ursos polares vão invadir as regiões circumpolares habitadas, atacando os seres humanos mais frequentemente, de acordo com um estudo sobre as consequências da mudança climática, elaborado por cientistas da Universidade York, no Canadá.
O chefe da pesquisa, professor Gregory Thiemann, salientou que a natureza dessa espécie é a necessidade de caçar para comer. Na verdade, observações mostram que o urso polar é uma das espécies carnívoros mais vorazes do planeta e o maior predador. Ele ataca grandes mamíferos como as focas, morsas e baleias.
Sua necessidade de alimentos faz com que estes ursos, em casos raros, ataquem os seres humanos, como aconteceu na semana passada na cidade norueguesa de Svalbard, onde uma adolescente britânica morreu após ser atacada por este animal, e outros quatro ficaram feridos.
Neste sentido, Thiemann mostrou que se a mudança climática continuar afetando os polos como está acontecendo até agora, esses incidentes podem ser mais frequentes no futuro. Para o especialista, a medida que aumentam as temperaturas e continua o derretimento das massas de gelo, o número de espécies nesta área irá diminuir e os ursos polares invadirão o território civilizado em busca de alimento.
“A medida que avança o aquecimento global, os ursos ficarão mais tempo em terra e sofrerão mais estresse do ponto de vista nutricional “, explicou Thiemann, destacando que os ursos “estão acostumados a não comer durante meses, em períodos sem gelo, mas tornam-se mais violentos a medida que estes períodos de degelo se prolongam cada vez mais”.
Os ursos polares vagueiam pelos mares congelados de todas as nações do Árctico: Rússia, Alasca, nos Estados Unidos, Canadá, Gronelândia e Noruega , onde foram registradas vítimas de ataques de ursos, nos últimos 20 anos. “Existem muitos lugares onde os ursos estão passando mais tempo na terra, por causa do derretimento do gelo do mar, onde antes conseguiam caçar focas “, concluiu, conforme noticiado no 20minutos.