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Anistia internacional cobra do Brasil resposta para violência

A Anistia Internacional, uma organização não governamental (ONG) respeitada em todo o mundo, cobrou hoje (8) das autoridades brasileiras, uma investigação dos atos de violência no campo e o fim do ambiente de intimidação que há no Norte do país.

Em sua página na Web, a ONG divulga um comunicado destacando os últimos episódios envolvendo pistoleiros e camponeses. Apenas no final do mês passado, quatro ambientalistas foram assassinados na região.

A entidade critica a atuação das forças policiais no Brasil. “A polícia não tem respondido adequadamente às reclamações sobre os ataques e ainda há mais a cultura da impunidade”, diz a ONG. A Anistia Internacional afirma ainda que para conter a violência no campo é necessário garantir a proteção às pessoas ameaçadas e investigar de forma plena as denúncias, conforme Agência Brasil/Renata Giraldi.

“Estamos muito preocupados com a segurança das famílias nessas comunidades, que vivem constantemente com medo, após as mortes de seus líderes que estavam ‘marcados para morrer’ por pistoleiros contratados”, disse o pesquisador da Anistia Internacional para o Brasil, Patrick Wilcken.
“As autoridades devem completar o processo de reforma agrária na região e levar segurança em longo prazo para as comunidades ameaçadas.”

A Anistia Internacional cita os estudos da Comissão Pastoral da Terra (CPT), ligada à Igreja Católica, indicando que as disputas de terras no Brasil causaram mais de mil assassinatos desde 1970. Do total, poucos foram investigados e levados à Justiça.

A reação da Anistia Internacional ocorre no momento que o governo enviou ao Pará uma força-tarefa, formada por homens da Polícia Federal, Força Nacional de Segurança, Polícia Rodoviária Federal e das Forças Armadas. O estado do Pará, segundo dados do governo, concentra o maior número de ameaças no campo.

A campanha de combate à violência foi determinada pela presidenta Dilma Rousseff durante reunião no último dia 3. Participaram do encontro os governadores do Pará, Simão Jatene, do Amazonas, Aziz Elias, e de Rondônia, Confúcio Moura, além dos ministros Nelson Jobim (Defesa), José Eduardo Dutra (Justiça), Maria do Rosário (Secretaria de Defesa dos Direitos Humanos), Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência) e Afonso Florence (Desenvolvimento Agrário).

Jackson Rubem:
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