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Calor intenso exige atenção redobrada para crianças, diz pediatra

Crianças sofrem mais do que adultos nestes tempos de calor intenso, porque estão mais suscetíveis as doenças de verão, geralmente associadas a sintomas gastrointestinais. Por causa disso, elas merecem atenção redobrada, nesta época de temperaturas altas. A recomendação e avaliação é do pediatra e membro do Conselho Federal de Medicina, Luiz Carlos Beirute.

Ele explicou, em entrevista à Agência Brasil/Paula Laboissière, que dois episódios de vômito ou diarreia, por exemplo, são suficientes para provocar desidratação em crianças. Isso porque o organismo delas necessita de mais água do que o dos adultos para funcionar. Febre, de acordo com o médico, também é sinal de perigo, já que também leva à perda de água por meio do suor.

Os pais devem ficar alertas a sinais como a perda do brilho dos olhos, um súbito estado inativo e alterações na pele que, nesses casos, fica mais ressecada. A orientação para prevenir problemas com as crianças, segundo Beirute, é estimular a ingestão de líquidos e de frutas e verduras – nada de alimentos gordurosos e típicos do verão, como churrascos, salgados e enlatados.

“Nos períodos mais quentes, o organismo tem dificuldade em processar os alimentos e por isso ocorrem os episódios de vômito e diarreia”, explicou.

Outro cuidado é a exposição ao sol – adultos devem evitar que ela aconteça por mais do que algumas horas e, no caso de crianças, o sol só é permitido antes das 10h e ao fim da tarde.

Ao considerar o período de pré-Carnaval em quase todo o país, Beirute destacou que os pais devem evitar levar as crianças para aglomerações. O acúmulo de pessoas abre caminho para a proliferação de viroses e o calor intenso contribui ainda mais. No caso delas, o risco é maior porque o sistema imunológico ainda não está maduro como o de um adulto.

”Ao perceber qualquer sintoma como febre, vômito e diarreia com mais de 24 horas de duração, os pais devem observar a condição geral do paciente. Se estiver debilitado, fraco, sonolento, com reações mais lentas, há sinal de alerta. A orientação é procurar um serviço de emergência”, alertou o pediatra.

Jackson Rubem: Jackson Rubem, escritor e jornalista
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