- Aids aumenta entre gays jovens de 13 a 24 anos
- Aids declina entre pessoas mais velhas
- Faltam políticas públicas específicas para homossexuais jovens
Enquanto na China os portadores da Aids sofrem uma discriminação tão feroz que os funcionários dos centros de saúde recusam-se, muitas vezes, em tocá-los, no Brasil não chega a este extremo, mas existem ainda pontos negativos em nossa política de saúde.
Um estudo divulgado ontem (26) pelo Ministério da Saúde destaca que o aumento da Aids entre gays jovens de 13 a 24 anos é consequência da falta de da falta de campanhas e ações públicas direcionadas especificamente para adolescentes e jovens.
O alerta é do integrante do grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT, Cléber Gonçalves, que participou hoje (27) do 1o Encontro Carioca de Jovens LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais).
“A principal diferença [na abordagem entre as faixas etárias] é a linguagem e as estratégias que se utilizam para a prevenção. Pessoas mais velhas têm uma taxa de infecção declinante, enquanto que os jovens têm esse índice ascendente. Isso exige metodologias alternativas e inovadoras que revertam esse quadro”, afirmou Cléber.
Em notícia da Agência Brasil/Vladimir Platonow, Cléber opinou que os adolescentes e jovens são mais propensos a contaminação, porque não vivenciaram o drama da epidemia, na década de 80. Além disso, acreditam que os novos medicamentos curam a doença.
“Nós acreditamos que esse fenômeno tenha ocorrido por uma ruptura geracional. As pessoas mais velhas sofreram o pior aspecto da aids. Viram muitas pessoas se infectarem e morrerem por conta do HIV. Os jovens surgem pós-coquetel e começam a ver a aids com uma certa naturalidade. Existe uma banalização da doença e, com isso, uma maior negligência em relação ao uso do preservativo”, alertou Cléber, que dentro do grupo Arco-Íris coordena o projeto Entre Garotos, direcionado especificamente para jovens gays e bissexuais.
Ele lembrou que embora o coquetel anti-aids realmente prolongue a vida do portador de HIV, existem efeitos colaterais severos, que comprometem a qualidade de vida.
A contaminação por HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis também está aumentando entre as mulheres jovens, segundo alertou Marcelle Esteves, coordenadora do projeto Laços e Acasos, que reúne lésbicas e bissexuais, também ligado ao grupo Arco-Íris.
“Existe essa falácia de que lésbicas e bissexuais são super-mulheres, que não transam com homens na maioria das vezes, e se sentem livres de todas as doenças. Isso não é verdade, porque elas também se contaminam”, disse Marcelle.
O encontro foi realizado na sede da prefeitura do Rio, cidade considerada como um dos principais destinos gays do mundo, por sua diversidade e tolerância. Para o representante da coordenadoria de Saúde municipal, Fernando Zikan, isso aumenta ainda mais a responsabilidade do poder público na questão.
“O prefeito Eduardo Paes, na última Parada Gay, propôs a criação de um comitê de atenção ao público LGBT, ligado ao gabinete dele”, lembrou Fernando. Segundo a assessoria da prefeitura, no entanto, ainda não há prazo definido para a criação do novo comitê.
ola
nas escolas,pouco se fala da prevencao
para adolescentes,principalmente quem
he homossexual. acho que ainda existe
um medo ou proibicao em falar.
percebo muito isso.
sou estudante,tenho 14 anos.