73% das crianças desaparecidas fugiram de casa

O Projeto Caminho de Volta: Busca de Crianças Desaparecidas no Estado de São Paulo ajuda famílias a encontrarem os menores que desapareceram.

Criado em 2004, o projeto é uma parceria entre o Centro de Ciências Forenses da Faculdade de Medicina da USP e a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo.


O Caminho de Volta criou um banco de dados de DNA, que ajuda a localizar as crianças. “Assim que os pais fazem o boletim de ocorrência (BO) na delegacia, registrando o desaparecimento da criança, são convidados a doar sangue para o banco de DNA e têm atendimento gratuito de psicólogos”, conta a geneticista Gilka Gattas, coordenadora do projeto.

Desde que o projeto foi criado, 500 famílias foram cadastradas no banco de DNA. Segundo Gattas, cerca de 50% delas foram localizadas.

Segundo a análise feita pelos participantes do projeto, a principal causa – 73% – dos desaparecimentos é a fuga da própria criança. “A fuga ocorre por diversas razões, que vão desde a violência familiar até mesmo a curiosidade da criança”, explica a médica.

Com o passar do tempo, o projeto percebeu também que há um alto índice de reincidência na criança que foge. “Vimos que é muito importante não somente encontrar a criança, mas fazer um trabalho de suporte psicológico com elas e com os pais para evitar novos desaparecimentos”, diz Gattas.

Redação Terra

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